Em 22.07.2014 a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA) autorizou, pela primeira vez, a pesquisa e exploração de minérios em águas internacionais por um país do hemisfério sul. O Plano de Exploração na área internacional dos oceanos foi apresentado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e visa pesquisar e explorar, ao longo de 15 anos, recursos minerais no Alto do Rio Grande, uma elevação submarina no lado oeste do Atlântico Sul, a cerca de 1.500 km do Rio de Janeiro.
É possível que a região, vista por geólogos como um “pré-sal da mineração”, seja um continente submerso, com depósitos de cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio. Apesar da exploração econômica de depósitos minerais localizados no fundo do mar ainda ser dispendiosa e envolver um grande desafio tecnológico, o Brasil se dispôs a investir US$ 11 milhões nos primeiros cinco anos da concessão, cuja poligonal é de 3.000 km2.
A CPRM afirma ser a proposta de pesquisa fortemente sustentada em parâmetros técnicos, e vislumbra o desenvolvimento sustentável e a manutenção da biodiversidade do ambiente marinho. Com a aprovação do Plano, o Brasil passa a integrar o seleto grupo de países que são referência em pesquisa mineral em águas profundas.